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Manchette Insights

Equívocos de quem encara uma entrevista jornalística com insegurança e despreparo

Em uma entrevista jornalística, o entrevistado (ou porta voz) ganha a oportunidade de falar diretamente com a sociedade ou um público específico. A conversa, quando é pessoalmente, por telefone, para um programa de rádio, tevê, podcasts, tende a ser conduzida como um bate papo.

Muitos porta-vozes ainda têm postura equivocada e encaram a entrevista como provocação ou colocam o jornalista na posição de uma pessoa sob seu controle.

Para alertar sobre equívocos comuns de quem entende uma entrevista jornalística como um duelo, eu mostro a seguir alguns deslizes que já presenciei em minha experiência como jornalista de redação, que serviram como estudo de caso em minha carreira de especialista em comunicação corporativa:

O entrevistado não dialoga com o repórter

O entrevistado não dialoga com o repórter nem lhe oferece um debate mais rico sobre seu setor ou assunto tema da entrevista, limitando-se apenas a responder às perguntas feitas. Parece que o porta voz está “fazendo um favor” em atender o jornalista.

Encarar o entrevistador como inimigo

As crenças de que o repórter quer prejudicar ou o entendimento de que a pergunta é um ataque ou uma agressão, é comum em entrevistados inseguros sobre quem são e sobre o que têm a dizer.

Encarar a entrevista como um jogo de ganha-perde

A entrevista não é para o entrevistador e sim para o público que assiste, é para prestar informações e todas as perguntas devem ser consideradas. Quem é inteligente aproveita a chance e agradece a oportunidade.

Classificar as perguntas como sendo inúteis ou “burras”

Se o repórter questiona é porque deseja um esclarecimento. Cabe ao entrevistado responder como se fosse a primeira vez, isso também transmite ao público e ao jornalista a imagem de autoridade no assunto.

Atender somente a um veículo, ignorando os demais.

Não se deve privilegiar um veículo em detrimento de seus concorrentes, ou não conceder entrevistas a jornais de bairro ou rádios comunitárias por considerá-las “menos importantes”.

O jornalista é meu amigo

Pode haver uma relação amistosa entre o porta voz e os profissionais do jornalismo, mas esta não deve ser encarada como amizade, pois o jornalista não tem compromisso nem autonomia para facilitar ou esconder as coisas no meio de comunicação para “amigos”.

Divulgar informações falsas, imprecisas ou não confirmadas

Essa prática abala a credibilidade do próprio entrevistado e sua empresa ou associação.

Pressionar profissionais para que a reportagem SEJA veiculada

Isso somente abalará a imagem de quem está fazendo a pressão.

Pressionar profissionais para que a reportagem NÃO SEJA veiculada

Se a reportagem é negativa à instituição ou a pessoas, é baseada em fatos verídicos e foi feita pelo jornalista de maneira ética e profissional, não existe justificativa para que ela não seja veiculada. O que se deve fazer é contar com uma estratégia de comunicação assertiva para responder às críticas ou denúncias.

Oferecer presentes ou brindes ao jornalista

As boas práticas de Compliance do meio corporativo já chegaram às redações e os presentes são mal-vistos, como se a fonte ou a marca estivesse tentando “comprar” ou ganhar a simpatia do jornalista para que ele seja mais brando na hora de escrever.

Pedir para ler a reportagem e/ou as anotações

O jornalista faz a matéria para o seu veículo (e o público-alvo do veículo), não para o entrevistado. Pedir para ler a matéria ou as anotações que ele está fazendo durante a entrevista soa para o jornalista como tentativa de censurá-lo na divulgação das informações.

Estabelecer condições para a entrevista

Alguns entrevistados, até por desconhecimento sobre como funciona a imprensa ou por insegurança, impõem condições que o jornalista não pode e não tem obrigação de cumprir. Isso pode acabar com a oportunidade da entrevista.

 

A muitos entrevistados que cometem os equívocos citados acima falta o entendimento de como funciona a imprensa e a dinâmica dos meios de comunicação. Isso é possível reverter através do apoio de uma assessoria de imprensa, que pode dar as melhores orientações através de um treinamento.

Não menos importante: eu indico que todos aqueles que se propõem a ser porta vozes que façam uso da inteligência emocional à qual já recorrem todos os dias: a prática de paciência, gentileza, empatia, respeito e humildade.

Seja autêntico, porque está diante de uma oportunidade para dialogar com o público, e o jornalista e o meio de comunicação são as suas ferramentas!

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